sábado, 26 de junho de 2010

O que move uma cultura no caminho de sua voz verdadeira

Tenho ouvido alguma coisa em torno de trinta discos por semana – títulos que me são entregues em mãos por amigos, conhecidos, gente que de alguma forma – muito obrigado, desde antes – dá algum valor à opinião que eu possa ter sobre seu trabalho. É uma imensa responsabilidade opinar sobre trabalho alheio e a confiança que me estendem orgulha e comove. No tempo em que trabalhei em jornais grandes (Globo, Estadão), procurei sempre valorizar a produção independente, abrir mais espaço para os sem-mídia do que para os medalhões. Raciocinando assim: se eu comento o disco novo do Caetano Veloso, nada muda na vida (ou na obra) do Caetano Veloso. Se eu comento o disco (ou o show, ou o encontro numa roda), por exemplo, da Ilana Volcov (sobre cujo “Bangüê”, recém-lançado, extraordinário, vou falar aqui, em postagem próxima), ajudo a tornar Ilana Volcov, um talento indiscutível, um pouco mais conhecida do que ela é.
Claro que a eficácia desse tipo de atitude quando se escreve para um veículo da grande imprensa é muito grande, com repercussão desmedidamente maior do que terá a publicação num blog, numa revista virtual, uma página na nuvem da informática entre centenas de páginas que cuidam de interesse assemelhado.
Mas, por tudo o que tenho ouvido, por tudo o que tem chegado ao meu conhecimento, e considerado o vício profissional de contador de novidades e a ainda presente condição de espectador privilegiado, já que as novidades chegam às minhas mãos, não dá pra ficar calado – não dá para esconder o elogio ou, eventualmente, lamentar uma chance mal aproveitada, gritar contra os absurdos, estabelecer a indignação com as políticas culturais, com o massacre da indústria cultural. E sempre pensando que, de alguma forma, a publicação (a postagem, tá bem) vá, de alguma forma, contribuir para que um número maior (mesmo que um pouquinho só maior) de pessoas tome conhecimento do que acontece na aparentemente inesgotável fonte de coisas boas que é a produção de nosso cancioneiro.
Nos últimos anos houve uma modificação, desde muito tempo prevista, apontada como inevitável, na relação da indústria da música com a música. Os grandes nomes (quase todos) abandonaram a indústria e migraram para selos alternativos, independentes, não comprometidos com o eixo tv&rádio que determina quem, como, quando e onde faz e como faz e o que toca e como toca e quanto toca e estipula o quanto o “produto”, termo da indústria, precisa vender para compensar o investimento em publicidade, em compra de horários, em corrupção de programadores e produtores e os outros integrantes da cadeia (será que a palavra surgiu aqui por acaso?). Bom, os grandes nomes são os mesmos que já eram grandes nomes – aqueles a quem rendemos respeito e graça pelas qualidades intelectuais, pela honestidade da obra, pela lisura no relacionamento da arte. Novos grandes nomes com tais características não chegaram aos ouvidos do grande público e é improvável que cheguem – até por coerência de todas as partes envolvidas. Se a indústria abre mão dos consagrados por considerá-los comercialmente difíceis, o que a levaria a criar outras peças difíceis, dar início ao complexo processo de popularização? Do outro lado da cerca, os criadores insurgentes (ah, como é boa a palavra da língua portuguesa, com sua multiplicidade de sentidos!) também não querem saber daquele círculo viciado que vai tentar moldar seu estilo, conformar sua personalidade, aplainar seus picos de estranhamento, afinar (sentido amplo) sua sensibilidade com a de um espectral “gosto médio” cuja percepção e receptividade é definida por gráficos de consumo.
Dito de outra forma, a arte está de um lado, a indústria de outro e as duas peças não jogam no mesmo tabuleiro.
Há dois anos participei, em Curitiba, de um encontro que reunia associações ligadas à produção independente e à gestão do direito autoral (Aldir Blanc diz que o Brasil não tem direito autoral, tem errado autoral). Representando a produção alternativa estava a Associação Brasileira de Música Independente (ABMI), que abrigava entre seus participantes, na época, 63 gravadoras. A análise da produção fonográfica do ano anterior mostrou o seguinte: as quatro multinacionais do disco que funcionam no Brasil lançaram, no período, 130 títulos. Desses, 75 eram licenciamento de obras produzidas no exterior, e 55, obras nacionais. No mesmo espaço de tempo, as gravadoras independentes levaram ao público 784 discos novos, de produção nacional. Pois bem, aqueles 55 títulos das multinacionais ocuparam 87,37% do tempo de veiculação musical das rádios abertas de todo o País, contra 9,82% do tempo destinados à criação alternativa. (A conta não dá 100% porque não entram no cálculo as compilações feitas, por exemplo, pela Som Livre.)
Na verdade, o absurdo é maior do que esses números apontam, pois nem todas as gravadoras e nem todos os criadores independentes são afiliados da ABMI. Numa estimativa conservadora, pode-se multiplicar por dez aqueles 784 títulos usados para fazer a conta.
E ainda assim, amigos, vale a pena brigar? Claro que vale. Só não valerá para quem considere todo ouvinte burro, todo leitor tapado, todo o público manipulável, toda a cultura inútil. Não valerá para quem tenha perdido o amor-próprio, para quem desdenhe de suas próprias aflições e esperanças, para quem desista do verbo e se encaracole no silêncio de antes da palavra e da música. E eu não acredito que haja gente assim. Pelo menos não em número significativo.
E foi por necessidade vital e responsabilidade intelectual de contribuir, de alguma forma, para vencer a barreira do silêncio, que resolvi começar esse blog. Ele estreou na semana passada, com um comentário sobre o show da cantora Tatiana Parra – um show tão bom que era impossível não escrever sobre ele. A resposta foi bacana e mereci algumas delicadas correções. Uma delas tratando de caso grave: não incluí no texto o nome dos músicos participantes do espetáculo, nem os dos diretores e técnicos, todos tão importantes para a qualidade formidável do resultado. Apresento minhas escusas.
Assim, na semana passada dei o pontapé inicial, movido pela coceira na ponta dos dedos das mãos, pela inapelável necessidade de dividir com mais pessoas a emoção que me tomou depois do show que tive a graça de ver. Hoje tento expor as razões daquele pontapé e justificar, com o peso de alguns números e o peso maior da emoção, a disposição (e a pretensão) de montar guarda, ao lado de tanta gente que admiro, e de tanta gente que virei a admirar, nessa guerrilha de remissão. Pois comecei. Quero falar de shows, de discos, de encontros, de rodas, de conversas, de surpresas, de sentimentos, de política, de atitude, de tomada de posição, de resistência, de impaciência e indignação – do que move um povo, uma cultura, no caminho de sua voz verdadeira. Eu sei que é pouco. Eu sei que é muito.

33 comentários:

  1. Excelente, Mauro. Este artigo é um alento para aqueles que têm apreço pela cultura. Esses artistas, promissores ou não, são verdadeiros operários da cultura, numa rotina opressora de serem, no mínimo, ouvidos. Abrir este espaço é prova de que há muito o que se falar com honestidade. Abraços

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  2. E é muito mesmo, continue falando daquilo que vc vê e que ouve, isso será muito bom pra nós nos informarmos e conhecermos coisas novas! Beijos grandes

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  3. Bom te ler novamente, com assiduidade! Linkarei, divulgarei e voltarei.
    Abraço!

    Daniel Brazil

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  4. MEU QUERIDO VC É MESTRE, AGORA SEGUIREI O BLOG PRA ACOMPANHAR AS CRITICAS, QUANDO PUDER DE UM PULINHO NO MEU BLOG OK, FICA COM DEUS !!!!

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  5. Mauro, nosso anjo da guarda! Obrigado por esse belo texto! Vou divulgá-lo! Um abração!

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  6. Boas vindas meu caro Mauro. Já está entre os favoritos.
    Grande abraço
    Augusto Pinheiro

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  7. Salve mauro, meu amigo. Seja bem vindo ao universo dos blogs. Me alinho completamente ao teu pensamento e estou na mesma trincheira que você, há tempos. Te convido assistir na próxima terça feira, às 21 horas, pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, a estréia do meu "Programa Garimpo" dedicado justamente a este catálogo imenso dos selos e artistas independentes. O primeiro entrevistado é o Antônio Adolfo e a rádio pode ser ouvida também pela internet no endereço http://www.ebc.com.br/canais/radios/radio-nacional-am-rio-de-janeiro/
    Beijos pra você. sucesso no blog. Saudades.

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  8. Querido Mauro

    Vida longa ao seu blog! Penhoradamente agradecemos nós, os 9,82%!
    Da última vez que estive em SP, só ouvia falar de Tatiana Parra. Infelizmente não pude ficar pra assisti-la. Tá aí, não era à toa. Viva ela, viva tu, viva o rabo do tatu!

    Grande beijo!

    Etel Frota

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  9. Mauro,
    Sua carcaça pode parecer dura, mas o sentimento humano e seu coração pulsam mais forte.
    Mais uma trincheira aberta à favor de uma cultura transformadora.
    abs,
    Edgard

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  10. Mauro,
    Sua carcaça pode parecer rígida.
    Mas seu sentimento humano e seu coração sobressaem.
    Mais uma trincheira aberta à favor da cultura tranformadora.
    abs,
    Edgard

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  11. Muito bom Mauro.
    Abraços.
    HAROLDO OLIVEIRA

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  12. Querido Mauro:
    Adorei saber-te mais ativo e presente, se não ao vivo, ao menos no mundo virtual.
    Serei, como tantos que te adoram, leitora assídua deste blog.
    Te desejo sucesso e felicidade !
    Um beijo carinhoso,
    Cris Pelarin

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  13. Caríssimo Mauro, você é ave rara. Fico feliz em "ouvir" sua voz novamente. Não se surpreenda se, em pouco tempo, seu blog repercutir mais do que as colunas que assinava na grande mídia. Falo por experiência própria. Muita coisa que fiz apenas em podcast gerou maior retorno do que alguns programas de rádio em emissoras tradicionais.
    Bem-vindo às nuvens. Sucesso na blogsfera, amigo.

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  14. Estou divulgando o blog para meus amigos amantes de boa música
    Beijokkasssss

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  15. GRANDE MAURO DIAS!


    Prazer em revê-lo! Seja bem vindo!

    Belo texto! Coerente e que traz luz...

    Segue (abaixo) um texto que escrevi meses atrás, para ilustrar esse "debate cultural".


    RUMOS CULTURAIS... FALTAM BÚSSOLAS

    ( Lailton Araújo )

    Os navegantes do “Oceano Atlântico” tentam descobrir o segredo das tempestades, calmarias, ondas, marés e águas navegáveis, neste lado continental. Talvez não conheçam a geografia destes mares. A nação da análise é Brasil ou Brazil?

    Estando em qualquer porto seguro, as naus dos descendentes lusitanos, franceses, ingleses e holandeses, caminham na monotonia - travestida de “Virada Cultural” - em 2010. São composições, interpretações, textos, poemas, letras e rascunhos. As criações artísticas são livres... As escolhas obscuras! Não podem ser vinculadas aos interesses comerciais dos anunciantes nacionais ou internacionais. Muito menos: multinacionais. Sem quaisquer dúvidas: esse pedaço de chão (cagado e cuspido) pode precisar de uma revolução meio “dente por dente (x) nota por nota (x) letra por letra”. Por aqui existem poetas, compositores, letristas, músicos, fotógrafos e outros aprendizes sérios. É a maioria! A outra parte - pode ou não - está usando o lema: "tenho que me arrumá, senão, perco meu barquinho!” Desculpem a sinceridade! O mar já não é de marinheiro de primeira viagem! Quem não lembra do refrão: “Marinheiro, marinheiro (Marinheiro só)... Quem te ensinou a nadar... Ou foi o tombo do navio... Ou foi o balanço do mar...” (Bi Ribeiro/João Barone).

    Muitas obras culturais - da antiga “Terra de Santa Cruz” - são originais. Aquelas tão comuns, massificadas, com a assinatura da mediocridade - ajudam ou não - no nascimento natural de uma concepção artística duvidosa, não crítica, que não recebeu crítica, e que jamais receberá crítica. Quem navega em tal mar poderá se afogar na monotonia; sonolento; em mar calmo. A viagem literária - às vezes - é previsível ou imprevisível. Depende da condução do capitão e marujos da embarcação. Como escrever sem colocar palavras ovais e frases triangulares? Aqui é América do Sul. O Caribe fica lá em cima! Se existem léguas ou milhas marítimas é uma questão de história? Qual é a praia ou litoral? Eles são de fora... “Eu não sou daqui (Marinheiro só)... Eu não tenho amor (Marinheiro só)... Eu sou da Bahia (Marinheiro só)... De São Salvador (Marinheiro só)...” (Adaptação de Caetano Veloso).

    Entende-se que o objetivo é a meta necessária. O subjetivo lembra a arte. Chocar um ovo pode ser arte? Depende da ave! Ave César! Ave de rapina! Ave-da-avenida! Ave Maria! Quebram-se as formas! Rompem-se os conceitos e preconceitos! Talvez, aconteçam mudanças! As formações culturais das elites brasileiras soam como afronta ao simples, verdadeiro e genuíno. Será que os povos do Brasil sabem o que é cultura? Monteiro Lobato e Amacio Mazzaropi fazem falta!

    Onde estão os artistas independentes? Será que não se afogaram nos patrocínios estatais do país? As MTV's diárias concorrem com as linguagens das TV’s digitais abertas! E haja amor, chavões, carrões e algumas bundas com silicone! É cultura “cult”, curtida, malhada, de melodias fáceis, harmonias baratas e letras esculachadas. Os brasileiros e brasileiras sentem tesão por bumba! É normal! São formas de mídia, comunicação, música, literatura e sacanagem - sobrevivendo - no mercado do MP4! As gravadoras tornaram-se gravadores caseiros e que computam prejuízos. Os novos direitos autorais dos que criam, já não são garantidos. A internet mutilou a criação do autor? “É a vida, é bonita e é bonita...” (Gonzaguinha).


    Grande abraço!

    Lailton Araújo ( Banda Moxotó)

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  16. Em 1950, existiam 29 jornais diários no Rio. Hoje há sete. E todos os 29 mantinham alguma forma de crítica, literária, musical e/ou de artes visuais. A falência do modelo do jornal como espaço de reflexão crítica é, portanto, anterior à chegada da internet e de outros suportes digitais. Mas a coisa tem piorado muito nos últimos tempos, basta ver a tiragem dos diários brasileiros, sempre caindo. Só ano passado os jornais do Rio tiveram queda de vendas em banca de 8,5%. E, em pesquisas informais com alunos nas melhores universidades, apenas um aluno entre 100 - perguntei há duas semanas, em três turmas - leem jornal. Assim desejo vida longa e prosperidade ao Blog do Mauro, meu xará e amigo. Que possamos sempre ler seu texto elegante, com informações vivas e reflexões pertinentes sobre música e o que mais pintar. Um forte abraço,
    Mauro Trindade
    mauro_trindade@yahoo.com.br

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  17. Mauro querido, seja bem vindo no mundo virtual!
    Vc nos fez muita falta este tempo todo fora....
    Seu blog já está nos meus favoritos, serei uma leitora e divulgadora fiel!!!!!
    Bj grande
    Mariza Ramos

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  18. Oi Mauro, é com muito prazer e extrema alegria que leio teu blog e sinto o vento da crítica fundada e da novidade consistente.
    Um grande abraço procê!
    Maurício (Mahalab)

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  19. Mauro,

    Meu "cumpadre", meu amigo e irmão, você não faz idéia da felicidade em lhe ver novamente produzindo belos e consistentes textos sobre a nossa verdadeira música.
    Estou muito feliz e emocionado em poder te sentir mais "vivo" e na ativa. Posso sentir sua satisfação e alegria em escrever sobre o que gosta e que sabe como poucos. Parece que estou vendo seu rosto sorrindo, como o velho e bom "Dom Quixote" após cada batalha de sonhos vencidos.
    Sei da sua luta, ansiedade e procura na obtenção de uma luz no fim do tunel... De um porto seguro para todos que produzem música de qualidade nesse nosso País afora. Somos parceiros de verdade, por isso, sou e sempre serei solidário aos seus pensamentos e idéias, companheiro das empreitadas e produções que nem sempre vingaram.
    Mas com essa sua iniciativa de postar em seu blog matérias relevantes a cultura, tenho a mais absoluta certeza que novos horizontes irão se abrir e seu blog será definitivamente um sucesso na web.
    Parabéns, que possa nos inundar de cultura e de opiniões inteligentes !!!
    Um grande e fraterno beijo no coração do amigo,

    Marcelo Freire

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  20. Mauro, querido!
    Acabei de ler seus dois comentários e estou emocionada! É muito bom ler uma análise inteligente, generosa e crítica de alguém tão comprometido com a cultura como você! Fico muito feliz que você esteja de volta. Vou divulgar este blog para pessoas que compartilham desse sentimento insurgente do qual você falava!
    Estamos juntos nesta luta!
    Beijos carinhosos, Tati Maranhão

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  21. Grande Maurinho,
    rapaz vc. não morre mais.
    Falei ontem de você com o Canivello e hoje - puf! - vc. aparece no meu computador. E melhor: dando seu recado. Desde já estou conectado no seu blog (vixi isso parece até letra de pagode "Estou conectado no seu blog")e começo agora a corrente do bem, isto é, a divulgá-lo para todos meus amigos e também para aqueles que precisam conhecê-lo.
    Bj. do amigo quase ex-carioca,
    Rodrigo

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  22. Mauro, que bom voltar a ler seus textos. Soube ontem do seu blog, pela Daisy. Já é meu blog favorito. Abraço, Zé Sergio

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  23. Maravilha!! Só pelo propósito do blog, Mauro, seu blog já virou leitura obrigatória para mim, que sou apenas um fã da música e do imenso leque de talentos que surgem na quase obscuridade.
    Parabéns, muito obrigado, abraço e até o próximo texto.
    Tadeu

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  24. Mauro querido: quanto tempo, rapaz!!!! saudades! fiquei muito feliz com o seu ingresso no mundo virtual, mais um companheiro na luta pela nossa cultura musical e tantas outras já compartilhadas. beijos carinhosos, saudosos e tudo de ótimo.

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  25. pois, pois, maurinho! que bom esta sua coceira nas mãos... este blog será espaço imprenscindível para mostrar o brasis que existem dentro deste BRASIL. inúmeros ainda ilustres desconhecidos de nós, os brasilieiros...
    vida longa a ti e ao blog...
    beijo seu coração...
    déa.

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  26. Parabens, louvavel a sua iniciativa de ouvir, comentar e divulgar os que não cairam nas graças(ous desgraças) da mídia. Sou do tempo em que quando o compositor conseguia colocar a musica com o intérprete, depois era só correr pro abraço. Hoje só mesmo de forma independente,(aquela em que se depende de tudo e de todos) se consegue mostrar um trabalho. ANTONIO CARLOS DE PAULA poeta e compositor. www.antoniocarlosdepaula.com

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  27. mauro querido, celso me manda o link do teu blog e fico feliz com a surpresa. que bom tê-lo vivo e reencontrado. o blog já está nos meus favoritos e sou seguidora. agora, para sua alegria, temos novidades de cá: voltamos ao maranhão e é da ilha que te mando beijos e um grande abraço.

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  28. Que bom que te teremos assim... de blog :)
    É sempre muito Mauro, obrigado por seu precioso talento.

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  29. Bacana sua iniciativa, Mauro. Poder ler sobre o universo da música brasileira atual num blogue assinado por alguém de sua competência é um privilégio prá todos nós. Parabéns e.... não desista.

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  30. Que beleza! Seus textos estavam fazendo falta. Seja bem-vindo de volta

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  31. Mauro !! fiquei supresa e muito, muito feliz
    com as boas e grandes noticias, você voltou! que maravilha! bjs saudades.

    Adriana Moreira

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  32. Ola Mauro, dizer que és bastante porreiro pra tal tuas cenas comoveram-me és bué nice.

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  33. Como um "seguidor" disse aí acima, que bom te ler novamente, com assiduidade. Saudades dos tempos que ficava esperando teus textos no Estadão. Adorava também as crônicas, que duraram pouco.
    Esse teu txt "o que move a cultura..." é muito bacana. Você tem a habilidade de expressar de forma articulada, simples e elegante aquilo que nós músicos pensamos mas não conseguimos transmitir com clareza.
    Continua escrevendo, Mauro, porque ler teus textos reforça nossas esperanças e nos dá ânimo para continuar pregando no deserto. Ouvir a Tatiana, a Rosa Passos, o Chico Pinheiro ou o mestre Guinga tem o mesmo efeito. Mas, o teu texto torna tudo isso menos efêmero, mais palpável, e a gente não se sente tão só. Como vc disse, é pouco, mas é muito.
    Grande abraço e um super 2011 para todos!

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